Juiz de Fora
Juiz de Fora é uma cidade mineira que vive constantemente a brincadeira de ser mais carioca do que, de fato, ser um município de Minas Gerais. Dizem que, por lá, se puxa o "x" no final das palavras e as torcidas se espalham para torcer por times de futebol do Rio de Janeiro. Embora seja apenas uma brincadeira, a razão pela qual os mineiros de outras localidades também pegam no pé dos juiz-foranos é a proximidade da cidade com a capital do estado fluminense, já que elas se encontram mais próximas do que Juiz de Fora e a capital Belo Horizonte, de Minas Gerais (a diferença para a capital mineira é de 283 quilômetros, enquanto que para o Rio é de 180 quilômetro). Mas, tirando essas brincadeiras saudáveis, as origens de Juiz de Fora se confundem com a própria história mineira, já que a cidade nasceu em pleno Ciclo do Ouro, momento de grande sucesso econômico em Minas Gerais.
Atualmente a cidade de Juiz de Fora vive do turismo de negócios e do setor terciário, o que movimenta o município e faz crescer diversos setores de serviço, como as redes hoteleiras e as locadoras de rent a car. O município vive bem economicamente, mas já teve tempos mais áureos, quando ficou conhecido como a Manchester mineira - apelido que coincidiu com o pioneirismo de Juiz de Fora no setor da industrialização, que o deixou com o status de mais importante cidade do estado mineiro. Por conta disso Juiz de Fora é, no Brasil, a primeira cidade a receber uma fábrica completa de produção dos caminhões Mercedes Benz.
Uma das curiosidades de Juiz de Fora, que no último censo foi considerada a quarta cidade mais populosa de Minas, é que nem sempre ela foi uma cidade "sozinha" - ela não nasceu, simplesmente, de um clamor popular ou de um conglomerado de pessoas, e sim foi emancipada no século dezenove. Se fosse possível fazer reserva de carro para passear na cidade antes de 1850, por exemplo, o turista não visitaria Juiz de Fora, e sim Barbacena - e justamente nessa década é que a cidade conseguiu se emancipar, tendo esse nome curioso, que nada tem a ver com os bandeirinhas (que são os juízes de fora em campo de futebol), outra brincadeira recorrente dos mineiros ao nome da cidade). A etimologia de seu nome faz uma referência a um juiz de fora, aleatório, magistrado nomeado pela Coroa Portuguesa para atuar em municípios onde ainda não havia juiz de direito. Esse digno senhor se hospedou em uma fazenda da região por muito tempo, e a cidade ficou conhecida, inicialmente, como Sesmaria de Juiz de Fora.
Com uma tradição cultural e histórica muito rica, tanto de vida própria quanto de município mineiro e grande pólo industrial brasileiro, a cidade mineira e quase fluminense também brilha muito no esporte, tendo como principal representante o time de Tupi Football Club, de 1912, que joga nas divisões de acesso do campeonato brasileiro - ainda que a maioria dos juiz-foranos torçam para times do Rio de Janeiro, e muitas vezes peguem até a estrada só para ver os ídolos de perto.
Noite iluminada em Juiz de Fora
Seja em turismo de passeios ou viagem de negócios, vale muito a pena ao visitante fazer aluguel de carro na cidade para conhecer de perto os pontos turísticos de Juiz de Fora. O município é rico em atrativos culturais, que vão desde seus museus até seus eventos populares de rua, além de seu acervo histórico e arquitetônico.
Dentre os principais pontos turísticos em Juiz de Fora estão o Museu Mariano Procópio, que tem um lindo parque (onde crianças e adultos podem andar de pedalinho pelo lago), o Cine Theatro Central (tombado pelo patrimônio histórico) e o Parque da Lajinha (uma das maiores áreas verdes dentro de Juiz de Fora). Mas essas não são as únicas boas opções do turista para se divertir na capital mineira. Quem procura por locação de veículos na cidade também pode conhecer o Museu de Arte Moderna Murilo Mendes, a Rua Halfed (principal rua da cidade que tem uma diversidade imensa de prestações de serviços, como cinemas, galerias, lojas e cafés), onde se localiza o famoso painel "Cavalinhos", de Cândito Portinari, o Parque Halfed, com coreto, parque infantil e árvores centenárias.
O Morro do Imperador também é um bom motivo para se alugar carros em Juiz de Fora, já que só a palavra "morro" acaba assustando aos sedentários de plantão. Esse, no entanto, vale uma visita dos mais aventureiros, já que é um dos pontos mais altos da cidade (com 923 metros acima do nível do mar), com mirante e capela centenária. Para quem gosta de igrejas, inclusive, uma boa referência é a visita à Igreja Melquita de São Jorge, referência brasileira em arquitetura e uma das poucas igrejas orientais dentro do país.
Como a cidade de Juiz de Fora é altamente turística, não é difícil encontrar nela bons lugares para se hospedar. Alguns hotéis são mais modernos, com rede de hotelaria mundo afora, enquanto outros são tradicionais até em sua arquitetura. Seja qual prefira o turista ao se hospedar na cidade, o importante é que seja feita a reserva da acomodação com antecedência, principalmente em dias de semana - já que, não custa lembrar, o principal foco de turismo da cidade é o de negócios e, como é de praxe, o turismo de negócios pouco se sustenta aos fins de semana.
Juiz de Fora vista de cima
Assim como cresce a rede hoteleira na cidade, não é difícil encontrar em Juiz de Fora boas locadoras de veículos para o atendimento durante a estadia do viajante. Grandes redes nacionais e internacionais de locação podem ser encontradas na cidade, bem como aquelas regionais e que prestam um serviço personalizado - e acaba sendo uma boa desculpa alugar um carro para curtir não só a cidade, como também os entornos e, quem sabe, dar um pulinho no estado do Rio de Janeiro. Afinal, na estrada que liga Juiz de Fora à capital fluminense é possível passar - e parar - por cidades como Itaipava e Petrópolis antes de se jogar na praia. Melhor que isso não tem.
Como não poderia deixar de ser, a tradição culinária de Juiz de Fora remonta da tradicional gastronomia mineira, que tem bastante tropeiro, tutu, frango ao molho pardo, ao quiabo e doce de leite, de sobremesa. Mas, como também foi palco do movimento de imigração de portugueses e italianos, é possível achar muitos restaurantes com essas cozinhas ao longo do município. Uma das coisas mais tradicionais da cidade, em termos culinários, são os salgadinhos e os sucos, que servem como um perfeito lanche da tarde. Na Rua Halfed e suas adjacências é possível encontrar lojas de salgados, doces e sucos das mais tradicionais e antigas da cidade.
O terminal rodoviário de Juiz de Fora fica logo na entrada da cidade para quem vem no sentido Barbacena, às margens do Rio Paraibuna. Ainda que não tenha guichês de locadoras de carros em sua infraestrutura, é possível pegar ônibus de linha e táxis que levem ao centro da cidade e outros bairros, mais afastados ou na região metropolitana do município.
A cidade de Juiz de Fora possui dois terminais aeroportuários. Um deles é o Aeroporto Francisco Álvares de Assis, conhecido como Aeroporto da Serrinha, e está a sete quilômetros do centro da cidade. Geralmente é usado apenas para voos de aviões pequenos e fretados. Já o Aeroporto Regional da Zona da Mata, hoje Aeroporto Presidente Itamar Franco, que dista 35 quilômetros do centro da cidade, opera com voos comerciais desde 2011. Atualmente tem voos diários para Campinas e atende às cidades de Juiz de Fora, Ubá, Muriaé, Viçosa, Barbacena e São João del Rei. Para deixar o aeroporto em direção à Juiz de Fora a melhor opção é o táxi, seguido de ônibus executivos. Quem reserva o aluguel de veículo pode pedir à empresa que faça a entrega do carro no aeroporto, para que a pessoa já possa sair do avião sem custos adicionais com transportes.
Juiz de Fora é uma cidade com clima tropical de altitude, onde não chove muito durante os invernos, com essa estação se caracterizando por ser seca e fria na cidade, verões chuvosos e temperaturas moderadamente altas. O outono e a primavera, na cidade, são estações de transição e podem ter características típicas da estação que os segue.
Quem pretende locar veículo em Juiz de Fora pode aproveitar melhor a cidade nos meses quentes, como fevereiro e novembro, para dar um pulinho de carro até a capital do Rio de Janeiro e se refrescar no mar que Minas não tem. Já quem não gosta de praia pode optar por viajar para lá no inverno, quando o clima fica mais charmoso e quem está de carro também pode viajar para lugares como as cidades históricas de São João del Rei e Tiradentes, que estão próximas.
Por ser tão próxima ao Rio de Janeiro, é de se esperar que a cidade de Juiz de Fora tenha herdado algumas tradições culturais da capital vizinha. Uma delas, claro, é o carnaval, que caracteriza-se por ser um dos principais eventos não só do Brasil, como um todo, mas também da cidade de Juiz de Fora. Como na cidade só há, oficialmente, um feriado municipal (dia de Santo Antônio, padroeiro de JF), os turistas acabam se esbaldando nesse feriado prolongado, que tem muita tradição na cidade. Existe até desfile das escolas de samba, que brilham na avenida tal qual as do Rio de Janeiro, claro, guardadas as devidas proporções. Além disso, quem faz locação de automóveis em outras épocas do ano que não o carnaval pode participar de outra festa tão tradicional na cidade quanto o período carnavalesco: o Miss Gay, que reúne gays, transsexuais e transformistas de todo o país para uma divertida competição pelo gay mais bonito da festa. Assim como a parada gay em diversos locais do Brasil, o Miss Gay é um dos eventos que mais movimentam a economia da cidade.
Cartão postal de Juiz de Fora
Ainda que inspire modernidade e organização, Juiz de Fora ainda tem ares de cidade provinciana - e isso pode ser uma ótima oportunidade para que o turista conheça não só a cidade, que tem essa característica, quanto seus arredores. Em muitos dele, nem precisa da locação de carros: dá para ir de trem, por incrível que pareça. Mas a verdade é que Juiz de Fora está geograficamente muito bem localizada, e não existe nenhuma razão para que seu visitante não se aventure por outras cidades. Afinal, Minas tem mesmo esse charminho gostoso de deixar curioso o turista que visita o estado.
Ultrapasse fronteiras, conheça a floresta, as populações ribeirinhas, viva as aventuras do ecoturismo na região, para voltar para casa com sensação de dever cumprido e aquele sentimento de ter conhecido, pelo menos por alguns dias, um dos lugares mais incríveis de todo o Brasil. A floresta amazônica é nossa, e todo brasileiro devia visitá-la ao menos uma vez na vida para ter certeza disso, da sua beleza e da necessidade sempre urgente de preservar a maior reserva ambiental do planeta.